Outubro 2015

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Bolinhos e bolinhós…lembrança de uma infância…

on 31 Outubro, 2015

 

Bolinhos e bolinhós…lembrança de uma infância…

Esta semana não se falou noutra coisa no universo das crianças que não estivesse relacionado com o dia de hoje, o dia das bruxas tão conhecido como o Haloween, geralmente considerado um evento tradicional americano mas que se tem tornado muito popular em todas as partes do mundo e inclusive em Portugal.

Em Coimbra tínhamos uma tradição não menos mágica e até bem divertida. Esta era a altura em que os amigos se juntavam, em que preparavam com muito cuidado as caixas de sapatos velhos, com abóboras ou velas lá dentro e de porta em porta iam espalhar a boa disposição com as as cantigas dos bolinhos e bolinhós. Recordo-me como se fosse hoje, os mais novos pediam autorização para se juntar aos mais velhos e campainha após campainha, lá íamos nós, crescidos por andarmos sozinhos pelas ruas escondidos atrás daquelas “máscaras”…Em cada porta éramos bem recebidos e para casa voltávamos de mãos cheias de doces, chocolates e rebuçados…

Olhando para trás pensamos agora como então poderíamos ter essa liberdade sem receios, essa infância com segurança mas que hoje nos traz tantas recordações que nos deixam com um sorriso saudosista.

A infância está pois cheia de momentos bons e alegres que mais tarde são recordados com carinho e saudade e que marcam para sempre os adultos na sua forma de ser e de estar. É pois, nesta altura que devemos proporcionar às crianças momentos de interacção positiva com os pais e respectivos pares para construir as lembranças positivas que mais tarde serão recordadas.

Aproveite esta ocasião para passar mais tempo com o(s) seu(s) filho(s), faça actividades que aumentem a coesão familiar, partilhe as suas tradições e brincadeiras e entre bruxas, morcegos e teias de aranhas, entre no espírito e desfrute de um dia das bruxas verdadeiramente assustador mas para mais tarde recordar.

E já agora, quem se lembra?! 🙂

Bolinhos e bolinhós

Para mim e para vós,

Para dar aos finados

Que estão mortos e enterrados

À bela, bela cruz

Truz! Truz!

A senhora que está lá dentro

Sentada num banquinho

Faz favor de vir cá fora

P´ra nos dar um tostãozinho.

 

 

 

 
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A todas as mulheres….

on 30 Outubro, 2015

Receber um diagnóstico de uma doença oncológica é um verdadeiro pesadelo não só para quem o encara de frente, como para os seus familiares. À sua volta parece que o mundo construído, idealizado, perfeito e cheio de metas a atingir cai num buraco negro e de repente nada mais faz sentido….

Hoje é o Dia Nacional da Prevenção do Cancro da Mama…esse bicho assustador e arrepiante que bate à porta das mulheres sem ser convidado. O cancro da mama é o tipo de cancro mais comum entre as mulheres e corresponde à segunda causa de morte por cancro, na mulher. Infelizmente, em Portugal, anualmente são detectados cerca de 6.000 novos casos de cancro da mama, e 1.500 mulheres morrem com esta doença.

O cancro da mama além do mais comum entre as mulheres torna-se no mais impactante não só pela já esperada carga física e emocional que acarreta, como também, pelo simbolismo de feminilidade e maternidade que transmite. É como se mais do que atacado o próprio órgão sentíssemos como invadida a própria alma e ser da mulher.

Este post de hoje vai para todas as mulheres que de uma maneira ou de outra conviveram de perto com este bicho inconveniente; para todas as guerreiras que lhe fizeram frente e lhe passaram a perna; para todos os familiares que souberam conviver com mais este membro não escolhido; e para todos aqueles que perderam esta luta…

 

 

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Aprende-se a envelhecer?

on 28 Outubro, 2015

Aprende-se. É preciso! A velhice pode ser programada.

Tendo consciência das alterações biopsicossociais que acompanham o envelhecimento, e considerando que a sociedade está cada vez mais envelhecida, torna-se fundamental aprender a envelhecer.

Embora o envelhecimento seja um processo gradual, individual e heterogéneo caracteriza-se por um conjunto de perdas a nível fisiológico, social e psicológico.

A passagem dos anos envolve muitas vezes a perda de pessoas significativas (por morte de pares e familiares ou por distância física), de apoio social (isolamento) e/ou de poder financeiro ou somente social. A nível psicológico, a velhice pode ser caracterizada também pelo declínio cognitivo. Alguns autores defendem que este declínio pode estar associado a sintomas depressivos, nomeadamente nos declínios moderados, consequentemente regista-se a diminuição de outros aspetos psicológicas importantes, como o autoconceito e a qualidade de vida. Considerando que a eficácia das intervenções médicas tem apresentado um avanço considerável nas últimas décadas considera-se, pois importante combater os estereótipos associados ao envelhecimento e aumentar a qualidade de vida desta população pela promoção de atividades que visem o suporte e apoio social. Será importante ir trabalhando a autoestima e combater a solidão. Deixamos algumas sugestões de atividades:

– cursos de artes manuais;

– cursos de tecnologias de informação e comunicação, nomeadamente redes sociais;

– criar grupos sociais de apoio (amigos);

– aulas de dança;

– realizar, sempre que for possível, viagens culturais (mesmo que se viaje sozinho);

– fazer voluntariado,…

 

Podemos aprender a envelhecer! E para refletir deixamos um poema de Álvaro Magalhães:

 

Os anos que fazemos

Também nos fazem a nós

Os anos que fizemos nos fizeram

Os anos que faremos nos farão

É de anos que somos feitos,

De breve e misterioso tempo.

Em nós estão os anos que já fomos

Esses anos que fizemos somos nós,

Do cimo da cabeça à ponta dos pés.

Quanto tempo somos?

Quanto tempo és?

De que é feito o tempo que nos faz?

Quanto tempo há?

Para onde vai o tempo que foi?

Onde está o tempo que virá?

 

Álvaro Magalhães

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Hoje é dia da Biblioteca Escolar

on 26 Outubro, 2015

Sendo hoje o dia da biblioteca escolar, que tem como objetivo destacar a importância das bibliotecas escolares na educação, assim como promover o gosto pela leitura, resolvemos refletir um pouco sobre esta temática.

Estudos recentes realçam a importância da leitura durante a infância, uma vez que contribui para o desenvolvimento da criatividade, da imaginação, do sentido crítico, da linguagem e da expressão emocional. Quanto mais cedo investirmos no hábito de leitura mais rotineiros se transformam ao longo da vida.

Atribuindo aos pais o papel fundamental nesta prática de leitura, pelo investimento que podem fazer e pelo modelo que são, aqui ficam algumas dicas para conseguir cultivar este hábito no seu seio familiar:

  • leia ao pé criança, os pais são os exemplos a seguir;
  • escolha com a criança os livros que a motivam a ler;
  • partilhe momentos divertidos com a criança em bibliotecas e livrarias;
  • ofereça-lhe livros;
  • promova o momento de leitura do dia;
  • organize um clube de leitura entre a criança e os seus pares;
  • respeite o ritmo de leitura da criança;
  • quando estiver a ler uma história para a criança explore com ela as imagens, os sons, as personagens: deixe a imaginação fluir e aproveite para entrar no mundo da fantasia através de pequenos teatros.

Boas leituras!

 

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Festa das Latas

on 14 Outubro, 2015

Mais um ano, mais uma Festa das Latas em Coimbra. Para uns a primeira festa académica, para outros, espera-se, a penúltima.

A entrada no ensino superior representa por si só um marco relevante na vida do jovem adulto, constituindo um importante momento de transição. Sendo marcada por profundas mudanças, esta etapa contempla, na maioria das situações, a saída de casa e o assumir de responsabilidades inerentes a uma maior independência. A gestão do dinheiro e do tempo, as tarefas domésticas e as práticas educativas mais autónomas são algumas das responsabilidades com que se deparam os jovens nesta fase. Estas novas responsabilidades em tarefas do dia-a-dia promovem a autonomia e o crescimento e, com elas cresce a sensação de liberdade e de poder na tomada de decisão.

As relações familiares e de amizade também sofrem alterações. Para os/as estudantes de fora de Coimbra a família estará mais ausente e o círculo de amigos sofre mudanças progressivas com a criação de novos amigos e o afastamento natural de outros. Para os estudantes de Coimbra a relação com a família também pode sofrer mudanças, nomeadamente pela integração num ambiente académico cuja dinâmica social implica outros ritmos e, muitas vezes, mudança nos hábitos sociais (com quem saem, quando saem, onde vão) que exigirão processos de negociação de autonomia e de independência que poderão levar a conflitos geracionais.

A passagem pelo ensino superior é, pois um período de experimentação e de construção identitária que permite descobrir e estabelecer os limites individuais.

Bem-vindo caloiro. Saboreia a tua infância desta vida que é Coimbra.

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