Na situação atual que estamos poderá haver um aumento na frequência de pesadelos ou terrores noturnos, pelo que consideramos um tema relevante para discutir no nosso blog este mês.
Entre os 3 e os 8 anos é frequente existirem alguns transtornos ligados ao sono, episódios estes que tendem a desaparecer ao longo do desenvolvimento da criança.
No entanto, é importante em primeiro lugar fazer a distinção entre terrores noturnos e pesadelos:
- Os pesadelos são sonhos que estão associados a sentimentos de medo ou ansiedade e que normalmente decorrem passado algumas horas de adormecer. A criança nestes casos costuma acordar e lembrar-se do que estava a sonhar e muitas vezes esses pesadelos podem estar associados a alguns acontecimentos ou situações que criaram ansiedade ao longo do dia.
- Os terrores noturnos são episódios em que a criança está muito assustada e angustiada, mas que não está completamente desperta, não se recordando do que se está a passar. Estes terrores normalmente ocorrem nas primeiras 3 horas de sono e são menos frequentes que os pesadelos.
O que podem fazer para ajudar a prevenir estes episódios?
- Mantenha uma rotina durante o dia e em especial na hora de deitar (lavar os dentes, contar uma história, diminuição da luminosidade à medida que chega a hora de dormir, apagar a luz e dar um beijo de segurança, podem ser bons exemplos de rotina).
- Evite que a criança tenha acesso a notícias mais impressionantes, ou mesmo desenhos animados mais agitados, ao final do dia.
- Não lhe dê bebidas com cafeína, tais como a coca-cola ou mesmo ice-tea.
- Evite que a criança fique demasiado cansada durante o dia.
O que podem fazer caso a criança tenha um pesadelo ou terror noturno?
- No caso dos pesadelos, deve falar para a criança com voz calma para ela se sentir segura e tranquilizá-la até esta adormecer novamente.
- No caso dos terrores noturnos, não deve acordar a criança mas apenas deitá-la de forma calma e serena sem a despertar. Ela no dia seguinte não se irá recordar de nada.
Sabemos que hoje todos estamos mais ansiosos e agitados e esses sentimentos facilmente podem ser transmitidos para as crianças.
Caso necessite de algum apoio para lidar com estas situações, contacte-nos que faremos uma consulta por videochamada.
Cátia Lopes (Psicóloga)
www.psicofix.pt
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