A comunicação é a base de qualquer relação. Numa relação íntima a comunicação entre os parceiros é indispensável para a existência da própria relação. É através dela que partilhamos acontecimentos privados ou sociais, gerimos conflitos ou construímos a imagem que damos de nós mesmos.
A comunicação assume várias funções. No quadro das relações íntimas destacamos a função autorreferencial, ou seja, a troca de informações que se referem ao estado pessoal, disposições, acontecimentos do passado ou planos para o futuro, conteúdos que quando partilhados contribuem para intensificar o grau de intimidade e para criar memórias comuns.
Outra função que assume particular interesse neste tipo de relações é a função fática ou seja, a declaração de amor entre os apaixonados. Esta permite manter aberto o canal de comunicação. Segundo Barthes (1997, p.98) declaração de amor é “a propensão do sujeito apaixonado para falar abundantemente, numa emoção contida, com o ser amado do seu amor, dele, de si, de ambos.” Não basta, pois dizer amo-te! 😉
Poderemos então dizer que a comunicação contribui para uma relação mais saudável. Quanto melhor comunicar, mais próxima estará do seu companheiro. A vantagem da comunicação reside no aumento do conhecimento recíproco e na consequente redução da ambiguidade inerente à relação, nomeadamente à relação de amor.
Mas não esqueça, qualquer relação necessita espaço. Pense em si, nas suas atividades e interesses e na sua forma de agir com o seu parceiro. Evite discussões inúteis e saiba ouvir o que o seu parceiro tem a dizer.
P.S.: Quando digo ouvir subentende-se “ouvir e ver”…
Ana Rosa