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Fim das férias a aproximar-se

on 30 Agosto, 2016

Férias depois de termos filhos é bem diferente de férias sem filhos!

Diferente não quer dizer pior… é apenas diferente…

Se por um lado não vamos relaxar e dormir, iremos ter muita animação e mimo… E o que pode haver melhor do que um dia com muito mimo?!?

O momento das férias é sempre sonhado e ás vezes demasiado planeado na nossa cabeça, mas temos de estar preparados para todos os imprevistos possíveis e também devemos controlar as nossas expectativas.

O ideal é planear as férias levando tudo o que possa ser importante:

  • protector solar,
  • muita roupa prática pois ninguém quer lavar e passar a roupa nas férias,
  • lanches e snacks para vários momentos do dia,
  • brinquedos para entreter em todas as ocasiões inclusive nos momentos de filas ou esperas em restaurantes, o que nesta altura é frequente…

Quando falo em planeamento é ao nível da logística, pois com crianças esta é sempre mais complicada. É muito importante viver um dia de cada vez e irmos respeitando os tempos que as crianças, e também os próprios adultos, vão necessitando. Se assim for, tudo é mais tranquilo.

Sabemos que a rotina é extremamente importante no dia-a-dia da criança, mas é nas férias que temos o espaço para o improviso, para aproveitar todos os minutinhos para a diversão e é nessa altura que devemos simplificar!

Vivemos os nossos dias demasiado corridos, demasiado ocupados, demasiado “escravos” das rotinas tendo em conta o pouco tempo disponível para passarmos com os nossos filhos. É nas férias que podemos disfrutar e se simplificarmos, corre tudo bem e conseguimos ser uma família feliz. Sabemos que se estivermos bem e felizes os nossos filhos também vão estar e só assim aproveitam ao máximo estes dias que passam rápido e que depois deixam tantas saudades.

As férias sem filhos são sinónimo de descanso, repouso, relaxamento, sossego, silêncio…

As férias com filhos são sinónimo de agitação, convívio, mimo, brincadeira, divertimento…

As palavras são definitivamente bem diferentes nestas duas fases da vida. Qual das situações é a melhor?!? Não há resposta para isso… Depende muito da fase da vida de cada um e da forma como estamos dispostos a aproveitar o que de bom temos.

Hoje em dia falamos muito em psicologia positiva. Pois bem queremos cada vez mais olhar para aquilo que faz bem à pessoa, aquilo que lhe traz saúde e bem estar e cada vez menos estarmos centrados na doença mental. Qual a melhor altura para o fazer? As férias claro!

Pois é… mas as férias estão quase no fim…

Normalmente Setembro é uma óptima altura para darmos um novo arranque, definirmos novos objectivos e focarmo-nos naquilo que precisamos para os conseguirmos atingir!

Defina os seus objectivos. O que quer atingir até ao final do ano? Planeie!

Mas não se esqueça: viva e seja feliz!

 

 

 

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“A dança é a linguagem escondida da alma” (Martha Graham)

on 29 Abril, 2016

Celebra-se hoje o dia mundial da dança…

 
Historicamente, o Dia Mundial da Dança foi instituído em 1982, pelo Conselho Internacional da Dança (CID), entidade criada sob a égide da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).

 
A dança além de permitir o exercício físico permite a cada um libertar-se, exprimir-se, revelar-se… Seja ela livre ou coreografada permite a cada um vestir uma personagem diferente e simplesmente voar…

 
De facto, dançar é uma forma das pessoas se divertirem, exercitarem mas permite inclusive melhorar o bem-estar emocional e psicológico pois ajuda a descontrair, relaxar e esquecer um pouco do mundo lá fora. Além disso, permite-nos o conhecimento do corpo, do espaço e do outro e melhora o relacionamento interpessoal entre o grupo.

 
Este é sem dúvida um dia muito importante para quem fez ou faz parte deste mundo da dança… para mim cada vez que repito a palavra “dança” em voz alta ou simplesmente na surdez do meu pensamento um sorriso invade a minha cara… Quem faz ou fez parte deste mundo sabe o que escrevo…ou sinto… 🙂

Mariana Pimentel

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“Locais de trabalho saudáveis para todas as idades”

on 28 Abril, 2016

Hoje o dia é dedicado à Prevenção e Segurança no Trabalho. Aproveitando esta data divulgamos a campanha promovida pela Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho – “Locais de trabalho saudáveis para todas as idades” (2016/2017). Esta campanha surge com os seguintes objetivos:

  • Promover o trabalho sustentável e o envelhecimento saudável, e realçar a importância da prevenção ao longo de toda a vida profissional;
  • Fornecer aos empregadores e aos trabalhadores informações e instrumentos práticos para gerirem a SST no contexto do envelhecimento da mão-de-obra;
  • Facilitar o intercâmbio de informações e a partilha de melhores práticas neste domínio.

Pretende-se, com ela, ajudar os empregadores a enfrentar os desafios colocados pelo envelhecimento da mão-de-obra e, simultaneamente sensibilizar a opinião pública para a importância do trabalho sustentável ao longo de toda a vida.

Segundo a Agência a promoção de locais de trabalho saudáveis para todos apresenta como principais benefícios o aumento da produtividade e motivação dos trabalhadores, bem com um ambiente de trabalho mais positivo e, consequentemente a diminuição do absentismo e da rotatividade gerando organizações mais competitivas e inovadoras.

A este propósito relembramos a importância da Avaliação de Riscos Psicossociais. Na nossa prática temos verificado que apenas é feita a consulta ao trabalhador, no âmbito da Higiene e Segurança no Trabalho, ou seja, apenas se tem questionado o colaborador sobre a existência de riscos psicossociais, e/ou quais os riscos psicossociais a que está exposto não se aferindo se os mesmos constituem risco para a saúde do colaborador, nem atuando no sentido de minimizar o impacto os riscos psicossociais identificados. No seguimento da avaliação, e considerando as implicações diretas e indiretas que os riscos psicossociais identificados podem ter no desempenho e no sucesso das organizações, deverá ser desenvolvido um plano de intervenção que permita minimizar o impacto dos riscos identificados, promovendo a médio prazo a melhoria do bem-estar psicológico do trabalhador.

A avaliação de riscos, nomeadamente dos riscos psicossociais é uma exigência legal prevista na Lei 102/2009 do Regime jurídico da promoção da segurança e saúde no trabalho, atualizada pela Lei 3/2014. Esta avaliação permite, quer no processo de gestão de pessoas, quer no processo de gestão individual, a melhoria do bem-estar e satisfação do colaborador, redução do absentismo, do presentismo, e dos custos indiretos com o trabalho, potenciando colaboradores mais motivados e produtivos e, consequentemente, a melhoria global do desempenho.
Pode contar connosco para promover a saúde dos seus colaboradores!

Ana Rosa

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Dia Mundial da Saúde

on 7 Abril, 2016

O Dia Mundial da Saúde foi criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1950, tendo como objectivo destacar anualmente uma temática que se considere importante para efetuarmos uma reflexão global na nossa sociedade. Ao longo destes anos, já várias temáticas foram sendo exploradas , como por exemplo a tuberculose, o tétano, a poliomielite, o HIV, a luta contra o tabaco, entre outras. Estas temáticas foram sendo selecionadas conforme os vários desafios da saúde pública a nível mundial, concretamente, a luta contra essas doenças.

Para 2016, a OMS escolheu o tema da Diabetes, sendo o mote da campanha «Beat Diabetes – Stay super!». Entre outros objetivos, no âmbito desta campanha será lançado o primeiro relatório mundial sobre a doença, que irá “descrever o peso e as consequências da diabetes e defender a existência de sistemas de saúde mais sólidos, que assegurem uma melhor vigilância, prevenção e uma gestão mais efetiva da diabetes” (OMS, 2016). Esta é uma doença que tem vindo a aumentar de forma rápida em diversos países e que pode ser prevenida ou adiada, pela adoção de um estilo de vida saudável. Considerando que tem tratamento se for corretamente controlada, não traz danos tão significativos para os sujeitos. O aumento do acesso ao diagnóstico, à educação, à capacidade para autogerir a doença e ao tratamento a preços acessíveis são componentes fundamentais da resposta.

 

 

Já falámos sobre a diabetes neste blog recentemente, pelo que sugiro a leitura do post da Ana seguindo este link – https://psicofix.pt/viver-com-diabetes/

Dado que consideramos que este dia deve ser olhado não só na perspetiva da doença mas principalmente na vertente de como nos mantermos saudáveis, gostaríamos de reforçar a importância de uma alimentação saudável, rica em fruta e vegetais e pobre em açúcares e gorduras saturadas, e da prática de exercício físico na prevenção e/ou gestão da diabetes.

A este propósito recordamos a definição de saúde, da própria OMS, manter um estado de bem-estar mais amplo, que envolve o aspecto físico, mental e social da pessoa.

A saúde de um indivíduo pode ser determinada pela sua biologia humana, pelo ambiente físico, social e económico a que está exposto e ainda pelo seu estilo de vida que muitas vezes causa um impacto ao nível psicológico. Uma boa saúde está associada ao aumento da qualidade de vida.

 

A Psicofix aproveita esta oportunidade para lhe desejar um dia feliz e com muita saúde.

Cátia

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“A mentira tem perna curta…”

on 1 Abril, 2016

O benjamim da família desde cedo diz umas “não verdades” com alguma graça… desde omitir atos a convenientemente esquecer e negar uma ou outra ação. A mentira surge, de facto nos primeiros anos de vida associada ao desenvolvimento da capacidade que cada um tem de se expressar, da linguagem e da imitação do adulto. Embora sem perceber a carga imoral associada à mentira a criança pode fantasiar e contar histórias sem consciência da realidade ficcional e factual.

As crianças mais novas mentem, embora de forma mais simples e menos elaborada. Efetivamente há uma progressão no conceito e na utilização da mentira ao longo da vida. Entre os 2 e os 4 anos as crianças aprendem que podem contar uma não verdade para evitar serem chamadas a atenção por uma ação menos positiva. Por volta dos 5 anos a criança já consegue distinguir uma verdade de uma mentira, tendo já noção do certo e do errado e consequentemente capacidade de entender o carácter imoral de uma mentira. Nesta fase a criança muitas vezes mente para se defender ou não assumir a responsabilidade dos seus atos com medo das consequências. Esta é altura ideal para explicar que “a mentira tem perna curta” e, por isso, mais vale ser correto e honesto acarretando os efeitos secundários menos bons.

A partir dos 7 a criança já mente deliberadamente. Tendo consciência das possíveis consequências dos seus atos utiliza a mentira de forma intencional. Esta é muitas vezes utilizada como ferramenta para obter benefícios ou vantagens que de outra forma não consegue. A partir desta idade, e pela interação com os pares, inicia-se a descoberta da mentira inofensiva enquanto estratégia de interação nas relações sociais.

Os/As pais/mães e educadores/as deverão ser rigorosos mas compreensivos e não deixar passar uma mentira sem conversar sobre ela, sobre as consequências imediatas da mesma e sobre os aspetos éticos da não verdade.

Quando devem procurar ajuda?

Quando o padrão de mentira se torna repetitivo ou grave, e quando a criança não distingue o Bem e o  Mal ou o Certo e o Errado em idades em que isso já deveria ter sido adquirido poderá ser importante procurar a nossa ajuda!

Ana

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Não se vê mas sente-se…

on 3 Março, 2016

Março é o mês de divulgação da Endometriose… Como portadora não poderia deixar de dar o meu testemunho e alertar.

Em Abril de 2013 fui diagnosticada… a dor pélvica quase incapacitante que sentia nos últimos meses era afinal provocada pelos Endometriomas… Endo quê?!? Saí das urgências com indicação para cirurgia e com o mundo a desabar… provavelmente os ovários seriam removidos e com eles seria “removida” também a possibilidade de ser mãe. Relembro este dia como um dos piores da minha vida… sonhos e projetos destruídos e medo, muito medo pelo desconhecido e pelo que estaria para vir!

Fui operada em Maio! Pensei que esta etapa estaria vencida mas, poucos meses depois as dores voltaram com mais “vida” do que nunca! Exames e mais exames e o diagnóstico já esperado… endometriose profunda! Nessa altura já tinha reunido alguma informação sobre a doença e apenas se confirmou o diagnóstico. Agora sim, os sintomas começam a fazer sentido… a dor menstrual afinal não era “normal”, como tantas vezes ouvi dizer!

A endometriose é uma doença crónica que afeta 10 a 15% das mulheres em idade reprodutiva e que se caracteriza pela presença de tecido endometrial fora do útero, induzindo uma resposta inflamatória local. São sintomas comuns a dor pélvica, fadiga, dismenorreia e dispareunia, sendo sugerido que cerca de 47% de mulheres inférteis sejam portadoras de endometriose.

Sendo uma doença crónica com potencial impacto na fertilidade e na relação do casal implica, necessariamente na qualidade de vida e no bem-estar da mulher e do casal. Vários estudos apontam uma correlação positiva entre endometriose e sintomas depressivos, ansiedade, tristeza e desesperança, bem como impacto negativo em várias dimensões da vida: trabalho, família, sexualidade e atividades sociais.

Eu confirmo, muitas vezes, especialmente quando este monstrinho “acorda” e sinto cólicas, sou assaltada pela tristeza e pelo medo, e com eles vem o pessimismo e a desesperança. Nestas alturas procuro conforto e compreensão no amor de quem tenho por perto e vou traçando pequenos objetivos que se tornam grandes conquistas.

Considerando o potencial impacto na qualidade de vida da mulher e o atraso e dificuldade no diagnóstico torna-se fundamental divulgar, alertar e, simultaneamente criar unidades de cuidados especializados e multidisciplinares para devolver a qualidade de vida a todas as endomulheres, minimizando o impacto psicossocial da doença.

 

A dor, física ou psicológica, não se vê… mas sente-se!

 

Ana

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E agora? Começar a viver com uma alergia alimentar…

on 24 Fevereiro, 2016

No dia a dia nem damos valor a pequenas coisas como o comer descansado. Não falo de comer sem crianças aos berros, ou comer numa esplanada com vista para o mar… Falo em comer descansado sem estar sempre com pensamentos de aflição.

Um adulto com alergia sempre que come está constantemente com mil questões na cabeça:  Será que isto me vai fazer mal? Há algum hospital perto? Tenho a minha caneta de adrenalina? Quanto tempo demoro até chegar ao hospital mais próximo? Será que sinto alguma coisa? Se calhar estou a inchar do lábio? Sinto uma coisa esquisita… Será que isto é uma borbulha? São estes e muitos outros pensamentos que nem sempre são fáceis de controlar.

O comer, que normalmente é um acto de prazer para a maioria das pessoas, para mim é um momento de ansiedade.

O sair para conhecer um restaurante novo que tanto falam e que é um momento de convívio e de distração para a maioria das pessoas, para mim é um momento de aflição.

O viajar, que é apreciado por muita gente e o sonho de alguns, que não têm essa possibilidade, para mim é apenas mais um fator de stress negativo.

Sim, a minha vida mudou muito aos 20 anos, quando tive de começar a lidar com esta doença (alergias alimentares diversas). Uma doença estranha que ainda não sabem bem explicar, nem identificar, o que a torna ainda mais assustadora.

É algo que as pessoas à partida pensam que é uma doença controlada, pois é só deixar de comer, mas na verdade não é nada controlável. É algo que não conseguimos controlar, pois a maior parte das pessoas que têm alergia alimentar não sabem bem a que alimentos. Sabemos apenas alguns alimentos que já nos provocaram reação. Mas podemos ter muitas outras alergias que ainda não se manifestaram. Com o passar dos anos podemos começar a alargar o leque dos alimentos que fazemos alergia.

As vezes é difícil dizer a um grupo de amigos, ou mesmo família, para irmos comer sempre ao mesmo local. Mas sim, é uma forma de acalmar a minha ansiedade, pois pelo menos penso que é um local mais controlado. E acreditem que mesmo indo mil vezes ao mesmo restaurante não vou variando nos pratos… Como sempre a mesma coisa para não correr riscos. Se corre bem uma vez, é sempre aquilo que vou repetir.

Tenho uma grande preocupação que é não passar esta ansiedade às minhas filhas. Preocupa-me porque vejo a minha filha mais velha a comer quase sempre a mesma coisa e começo a pensar…. Ela faz isso porque é criança e come aquilo que mais gosta, ou faz isso por condicionamento uma vez que vê sempre a mãe a comer a mesma coisa?

Será que algum dia vai haver tratamento? Mesmo que haja será que algum dia vou ter coragem de comer os alimentos que já me levaram quase à morte? Acho difícil… Assim, temos de aprender a viver com a doença de forma mais adaptativa possível. A Psicofix pode ajudar! Procure-nos.

Cátia Lopes

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“We are one”

on 16 Fevereiro, 2016

Quando pensamos numa criança ou num jovem imediatamente nos vem à cabeça: alegria, brincadeira, escola, amigos, felicidade… Mas para algumas as palavras mais comuns passam a ser: hospital, doença, tratamento….

 
O cancro é a primeira causa de morte por doença em crianças e adolescentes. 15 de Fevereiro é o Dia Internacional da Criança com Cancro, um dia que ninguém gostaria de assinalar. Uma doença que devia ser proibida, como se pudéssemos aplicar alguma pena ou multa cada vez que sequer ousasse acontecer na vida de uma criança.

 
Anualmente, em todo o mundo, são diagnosticados à volta de 215 mil casos de cancro entre os menores de 15 anos e 85 mil em adolescentes entre os 15 e os 19 (Agência Internacional de Investigação sobre o Cancro). Já em Portugal, existem cerca de 2.200.000 crianças e, por ano, surgem 350 novos casos de cancro pediátrico, uma doença que aumenta cerca de 1% ao ano.

 
Esta doença que mata cada vez mais crianças e jovens ataca sem pedir permissão e, se a revolta é grande com qualquer ser humano quando pensamos no caso das crianças e jovens a raiva assume o lugar de monstro. A dimensão física, emocional e familiar torna-se por isso gigante e toma conta de todos.

 
Partilhamos a música (http://child4child.com/) que uniu as crianças ao longo do mundo com a participação de 180 organizações de 90 países, no âmbito da organização Childhood Cancer International, para que qualquer criança pudesse fazer a sua gravação do refrão, como forma de assinalar este dia. Esta foi uma forma de transmitir força e coragem a todas as crianças que lutam contra este bicho.

 
O nosso post de hoje vai para toda a pequenada que trava esta luta injusta por esse mundo fora…

Mariana

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“A comunicação e a declaração de amor”

on 14 Fevereiro, 2016

A comunicação é a base de qualquer relação. Numa relação íntima a comunicação entre os parceiros é indispensável para a existência da própria relação. É através dela que partilhamos acontecimentos privados ou sociais, gerimos conflitos ou construímos a imagem que damos de nós mesmos.

A comunicação assume várias funções. No quadro das relações íntimas destacamos a função autorreferencial, ou seja, a troca de informações que se referem ao estado pessoal, disposições, acontecimentos do passado ou planos para o futuro, conteúdos que quando partilhados contribuem para intensificar o grau de intimidade e para criar memórias comuns.

Outra função que assume particular interesse neste tipo de relações é a função fática ou seja, a declaração de amor entre os apaixonados. Esta permite manter aberto o canal de comunicação. Segundo Barthes (1997, p.98) declaração de amor é “a propensão do sujeito apaixonado para falar abundantemente, numa emoção contida, com o ser amado do seu amor, dele, de si, de ambos.” Não basta, pois dizer amo-te! 😉

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Poderemos então dizer que a comunicação contribui para uma relação mais saudável. Quanto melhor comunicar, mais próxima estará do seu companheiro. A vantagem da comunicação reside no aumento do conhecimento recíproco e na consequente redução da ambiguidade inerente à relação, nomeadamente à relação de amor.

Mas não esqueça, qualquer relação necessita espaço. Pense em si, nas suas atividades e interesses e na sua forma de agir com o seu parceiro. Evite discussões inúteis e saiba ouvir o que o seu parceiro tem a dizer.

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P.S.: Quando digo ouvir subentende-se “ouvir e ver”…

 

Ana Rosa

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Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres

on 25 Novembro, 2015

Todo o ato de violência baseado no género, do qual resulte, ou possa resultar, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico para mulheres, incluindo as ameaças de tais atos e coação ou privação arbitrária da liberdade, quer ocorra na vida pública ou privada. (Art.º 1º da Declaração sobre Eliminação da Violência contra as Mulheres, da Assembleia Geral das Nações Unidas, resolução n.º 48/104).

 

A violência contra as mulheres é cultural e socialmente determinada, estando enraizada na nossa sociedade. É um fenómeno bastante complexo e composto por diversos fatores, sejam eles, sociais, culturais, psicológicos, ideológicos, económicos, etc. Esta prática atravessa os tempos e tem características similares em países cultural e geograficamente distintos e, com diferentes graus de desenvolvimento.

A história da sociedade é marcada por assimetrias de género que foram desfavoráveis tanto para os homens como para mulheres. As assimetrias de género vão organizando o poder na sociedade, vão hierarquizando homens e mulheres pela valorização efetiva do papel social masculino.

“A violência contra as mulheres é uma manifestação das relações de poder historicamente desiguais entre mulheres e homens que levou à dominação e discriminação das mulheres pelos homens, privando assim as mulheres do seu pleno progresso” (Convenção do Conselho da Europa para a Prevenção e o Combate à Violência contra as Mulheres e a Violência Doméstica).

Inevitavelmente, quando falamos de violência contra as mulheres associamos a violência doméstica, contudo convém relembrar que a violência contra as mulheres ultrapassa este fenómeno. A Convenção do Conselho da Europa para a Prevenção e o Combate à Violência contra as Mulheres e a Violência Doméstica alerta para o facto de as mulheres estarem “muitas vezes expostas a formas graves de violência, tais como a violência doméstica, o assédio sexual, a violação, o casamento forçado, os chamados “crimes de honra” e a mutilação genital, que constituem uma violação grave dos direitos humanos das mulheres e raparigas e um obstáculo grande à realização da igualdade entre as mulheres e os homens”.

Uma sociedade assente na igualdade e livre de discriminações é o nosso objetivo. Para tal temos de derrubar preconceitos, estereótipos e crenças que perpetuam comportamentos seculares e nocivos. Efetivamente, de forma mais ou menos consciente somos nós que passamos e perpetuamos os estereótipos de género.

É sabido que os comportamentos se impõem do exterior através dos modelos sociais existentes. Na nossa sociedade, sobre a mulher recaia, ainda hoje, a exigência de que ela seja boa mãe, boa esposa e boa dona de casa.

Vamos recriar as nossas crenças, vamos sensibilizar, vamos educar… comecemos por nós e pelos nossos!

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