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Dia dos namorados!

on 14 Fevereiro, 2018

Hoje é o dia mais romântico do ano: celebra-se o amor.

A música diz-nos que “o amor é mágico”. Camões comparava-o a um “fogo que arde sem se ver”, Álvaro de Campos chamava-o de “ridículo” e Fernando Pessoa escreveu que “quem quer dizer o que sente, não sabe o que há-de dizer”. São milhares os poemas, as cartas, as músicas e as pessoas que tentam descrever, das mais variadas formas, este sentimento que toma de assalto os nossos corações e as nossas vidas. Talvez seja das palavras mais difíceis de descrever e de expressar sob a forma de vocábulo. A sua complexidade e plenitude exigem reflexão e sensibilidade na sua compreensão. Para mim, o amor não se explica: sente-se, vive-se e respeita-se, de forma singular.

Quando falamos de amor, falamos da maior força humana. Aquela que move montanhas, ultrapassa preconceitos e nos torna mais humanos. O amor enche a nossa vida de cor e de sentido. Liberta o que de melhor há em nós e imprime o desejo de ser e de fazer os outros felizes.

O amor está nos gestos mais simples: Está numa troca de olhares, num beijo apaixonado e numas mãos entrelaçadas; Está num abraço de conforto e num cuidado recíproco; Está na cumplicidade, na cedência e na tolerância; No respeito e na escuta ativa; Está na partilha e na liberdade; Na saúde e na doença; Na felicidade e na tristeza; Está na distância e na saudade. O amor está sempre, em nós e entre nós.

Amar é um mar de experiências, de aprendizagens e de investimento. Acredito que é a força motriz da nossa alma – como dizia Florbela Espanca – e, por isso, desejo que todos nos deixemos amar, perdidamente. Se apenas se consegue ver bem com o coração, porque o essencial é invisível aos olhos (Antoine de Saint Exupery), então deixo-vos com esta questão:

– O que podemos fazer nós, criaturas, senão amarmos? (Carlos Drummond de Andrade)

Isa Viamonte

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