Com o aproximar do dia das bruxas deixamos algumas sugestões de atividades para realizar com os mais pequenos. Aproveite o fim de semana para passar mais tempo com o(s) seu(s) filho(s), faça algumas atividades que aumentem a coesão familiar, partilhe as suas tradições e entre abóboras, morcegos e bolachas assustadoras, entre no espírito e desfrute de um dia das bruxas verdadeiramente divertido.
Ler maisOutubro 2019
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Qual seria a sua idade se não soubesse quantos anos tem?
on 1 Outubro, 2019Devemos olhar para o envelhecimento sob uma perspetiva negativa? Porque envelhecemos estamos a perder as nossas capacidades? Não necessariamente. Pode acontecer que alguns de nós experienciem um envelhecimento patológico, o que não significa que isso só venha a acontecer na idade adulta avançada. Podemos ser jovens adultos e por algum motivo (doença, acidente…) começamos a envelhecer de um modo patológico. O envelhecimento, ou desenvolvimento, como gosto de lhe chamar, não deve ser visto como um processo negativo. A idade cronológica de cada um é uma contagem cumulativa dos anos que vivemos, mas não deve determinar os nossos comportamentos, as nossas atitudes ou os nossos padrões cognitivos e emocionais. Somos seres biopsicossociais, e como tal, cada um de nós deve parar para refletir acerca da forma como se sente física, psicológica e socialmente. Independentemente da idade que se tem. Se não soubéssemos a nossa idade cronológica, que idade psicológica consideraríamos ter? E idade social? Esta é uma reflexão pessoal que nos pode conduzir a um autoconhecimento mais aprofundado e que nos pode levar a modificar a nossa forma de estar na vida.
Não é porque alguém entra na idade adulta avançada que passa a ser inútil ou incapaz. Lembremo-nos de que o envelhecimento/desenvolvimento é um processo contínuo que se inicia com o nascimento (ou se quisermos com a conceção) e só termina com a morte. Mudanças, sejam elas de valência positiva ou negativa, fazem parte da vida, em qualquer uma das suas etapas (infância, adolescência, idade adulta…). E sim, há perdas que são inevitáveis com o passar dos anos, mas também há ganhos (ex.: sabedoria)! Envelhecer não é sinónimo de adoecer! O envelhecimento é um fenómeno individual e, como tal, cada um pode e deve escolher ser agente ativo neste processo. Em qualquer uma das fases das nossas vidas podemos agir no sentido de modificar os nossos comportamentos, as nossas crenças, as nossas atitudes. Um adulto idoso não tem que estagnar, pelo contrário, como noutra etapa da vida, deve continuar a investir no seu desenvolvimento positivo.
O fundamental é lembrarmo-nos de que somos muito mais do que aquilo que a sociedade nos diz que somos pela idade que temos, e assumirmos que o envelhecimento saudável é uma escolha e um compromisso pessoal. Um compromisso, antes de tudo, com a manutenção da saúde, prevenção das doenças evitáveis ou das complicações das doenças inevitáveis.
Este compromisso pressupõe, entre muitos outros aspetos, cuidar da nossa mente e do nosso bem-estar emocional. A mente desempenha um papel central na nossa vida! Haverá alguma coisa que façamos que não envolva a mente?! A resposta é clara: não! Então torna-se óbvio que é fundamental investir algum do nosso tempo a cuidar da mente e da saúde emocional. Adotar uma postura positiva perante a vida, definir e concretizar objetivos pessoais, criar e manter relacionamentos positivos com os outros, realizar atividades estimulantes para o cérebro podem ser os primeiros passos a dar para observar grandes mudanças na sua vida!
Vejamos o envelhecimento pelo seu lado positivo! Viver durante mais anos é uma grande conquista para o Ser Humano, pela qual nos devemos sentir gratos ao invés de nos lamentarmos. Envelheçamos ativos, investindo no nosso crescimento pessoal, aprendendo sempre e vivendo com sentido!
Sílvia Gameiro
Psicóloga e Presidente da Direção na Aposenior – (Universidade Senior de Coimbra)
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