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Viver com Diabetes

on 14 Novembro, 2015

Viver com uma doença como a diabetes pode ter elevado impacto, quer na vida do indivíduo, quer na sua família.

O diagnóstico de uma doença crónica tão exigente física e psicologicamente como é a diabetes é vivido com bastante ansiedade, desencadeando fortes reações emocionais, que variam entre ansiedade, medo, raiva, culpa, tristeza… Por si só, o diagnóstico de uma doença crónica constitui um complexo desafio e, uma enorme fonte de stresse para o doente e para toda a sua estrutura familiar.

O diagnóstico de uma doença crónica implica necessariamente uma adaptação e o aprender a viver com uma nova condição. No caso da diabetes, o doente e a família necessitam de começar a adquirir nova informação e competências básicas de gestão da doença que, muitas vezes implica mudanças nas rotinas familiares e no estilo de vida da família.

A diabetes, inevitavelmente não pode ser esquecida uma vez que existe a necessidade de integrar o controlo da doença nas atividades de vida diária como, por exemplo a administração da insulina e a monitorização dos níveis de glicémia. Efetivamente, a gestão da doença recai sobre o seu portador. Esta doença implica, para o portador, consideráveis mudanças psicológicas e sociais, bem como exigências em relação à gestão do regime de tratamento que conduzem (quase que) invariavelmente à diminuição da autoestima, ansiedade e isolamento. Por sua vez, para a família pode traduzir-se em elevados níveis de stress, sendo que este parece ser ainda mais forte na relação conjugal, sobretudo se o indivíduo com diabetes for portador de outras complicações crónicas.

Hoje reconhece-se uma associação positiva entre apoio percebido, bem-estar positivo e bem-estar geral logo, uma rede social e familiar adequada e o sentimento de ser valorizado e cuidado por outros promovem o bem-estar emocional, constituindo-se como aspetos fundamentais para uma adequada adaptação à doença.

O apoio e cuidado que a rede social e familiar pode prestar passa desde logo pela implementação de hábitos de vida saudável. A família ao optar por uma alimentação completa, equilibrada e variada e definindo um programa de exercício físico assume duas funções fundamentais: facilita ao diabético a gestão dos níveis de glicémia e promove o bem-estar familiar quando a prática do exercício é partilhada e encarada como uma atividade de lazer e de fortalecimento de relações intrafamiliares.

 

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